É um grande desafio para os pais ensinarem às crianças hábitos de alimentação saudáveis. Uma alimentação saudável é importante em qualquer fase da vida, por isso consumir todos os nutrientes essenciais na quantidade certa é o segredo para ter uma vida com saúde.
A relutância por experimentar novos alimentos é uma das partes mais árduas quando o assunto é alimentação de crianças. O comportamento pode ser modificado aos poucos, com a criança provando a comida em torno de oito a dez vezes, mesmo que seja uma quantidade mínima. Dessa forma, ela conhecerá o sabor e estabelecerá se aceita ou não.
A criança pode comer mais em uns dias e menos em outros, já que o apetite pode ser variável e momentâneo. Existem vários fatores que contribuem para isso, entre eles: da ingestão de alimentos nas refeições anteriores, da condição física e psíquica, da prática de atividade física, se está cansada ou super estimulada com brincadeiras. A temperatura ambiental também é capaz de influenciar, sendo que no verão o apetite pode ser menor do que no inverno.
Deixar a mesa posta, usar talheres enfeitados e prato com decoração infantil, estimula a criança a comer nas refeições. A forma de apresentação do alimento, representada pela cor, textura e cheiro, também é importante. Use cortadores para dar um novo formato a um alimento, faça lanches com carinhas de legumes e pratos com cenários. Mas nunca esconda ou minta à criança sobre qual alimento há no prato.
Deixar a criança se alimentar fora da hora estabelecida ou sempre que ela desejar afetará o apetite. Se isso acontecer, estabeleça os horários das refeições. No início, ela pode comer pouco e a refeição deve ser encerrada. Não sirva leite ou outro alimento em substituição, nem mesmo se ela pedir. Só ofereça comida no horário da próxima refeição. Pode ser difícil nos primeiros dias, mas aos poucos ela se adequará aos novos hábitos.
Tomar água, suco ou refrigerante durante as refeições pode distender o estômago e estimular precocemente a sensação de saciedade. O ideal é oferecer água à vontade nos intervalos das refeições para que a criança não sinta sede na hora de comer. Os sucos naturais podem ser servidos eventualmente, na quantidade máxima de 150 ml/dia. Os refrigerantes não precisam ser proibidos, mas devem ser evitados.
A criança aceita os alimentos não só pela repetição à exposição, mas pelo exemplo dos pais, que são considerados modelo ao desenvolvimento de preferências e hábitos alimentares. É importante que desde pequena ela observe outras pessoas se alimentando e que seja o mesmo que está comendo. Não se deve preparar uma comida para a criança e outra para a família.
Na hora de preparar a lista de compras, chame a criança para ajudar. Deixe que ela vá com você à feira ou ao supermercado para comprar os alimentos, principalmente aqueles que ela se recusa a experimentar. Em casa, ao preparar o prato, peça ajuda para descascar ou misturar algum ingrediente, desde que não haja perigo no manuseio dos utensílios.
Fonte: Mais Equilíbrio
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